CONJUNTO e PIONEIRISMO: A força do Corinthians não está em Fulano, Beltrano ou no Sicrano.
"É muito fácil jogar aqui, eles correm muito, são muito organizados e todos sabem o que fazer em campo, eu me esforço para estar à altura deles." - Ronaldo Nazário Fenômeno na saída do jogo Corinthians 2 x 0 Internacional pela a Copa do Brasil 2009.
Já se foram seis anos desta constatação feita pelo maior 9 que já vestiu a camisa do Timão, de lá pra cá os responsáveis em comandar o time mais casca dura do Mundo foram Mano Menezes, Tite, Mano novamente e agora de volta o Adenor, e a organização tática e a entrega dos jogadores em campo continuam sendo a marca do campeão da Copa do Brasil e do Paulistão 2009, Brasileirão 2011, Libertadores 2012, Mundial 2012, Paulistão e Recopa sul-americana 2013.
Além dos títulos mencionados nesse período é bom destacar a presença quase que constante no G4 do campeonato brasileiro, e a participação em todas as Libertadores de 2009 prá cá, com exceção apenas em 2014 que foi o ano magro para o futebol paulista.
A primeira vez no Brasil que ouvimos falar em pontas que voltavam para acompanhar os laterais, foi no Corinthians de Mano 2009, ou seja, o primeiro time a treinar e executar bem a RECOMPOSIÇÃO defensiva no BR, foi o Coringão.
Em 2011 além da recomposição rápida e perfeita, o Timão inovou com a extrema COMPACTAÇÃO defensiva e a TRANSIÇÃO rápida ao ataque.
Ainda, na Libertadores 2012 com as constantes contusões no joelho do levezinho Liedson, o Tite foi pioneiro no Brasil jogando com o FALSO 9, e as infiltrações SURPRESAS do segundo volante, iniciada por Mano com o Elias e aperfeiçoada pelo Adenor com o Paulinho.
O raciocínio é simples, uma equipe que se recompõe com rapidez, que é compacta e faz a transição com velocidade ao ataque, e com capacidade inovadora e pioneira, conquista 7 títulos em 6 anos e foi o que Mano e Tite proporcionaram ao Corinthians.
Em 2015 Tite tenta e está conseguindo manter essas características ao time e somando à elas a APROXIMAÇÃO dos meias, e a TRIANGULAÇÃO.
Os jogadores que vestiram a vitoriosa camisa do Coringão neste período ao saírem do Parque São Jorge se transformaram em jogadores comuns, além daqueles que simplesmente encerraram a carreira, pois tiveram a sábia percepção que lugar melhor para jogar não encontrariam.
E o que poucos observam, comuns se transformaram em notáveis após participarem de tamanha organização e força de conjunto, observe abaixo a evolução do elenco.
Saiu Ronaldo Fenômeno e Roberto Carlos, dispensam apresentações, entraram Liedson e Fabio Santos, a manchete fácil seria...O Timão acabou!, mas a história mostrou o contrário.
Saiu, Cristian, Elias entraram Ralf e Paulinho. E aí, agora acabou? Pelo contrário...Campeão de tudo.
Outros tantos exemplos poderiam ser colocados aqui, mas acho que você já me entendeu, a força do Corinthians não está em Fulano, Beltrano ou no Sicrano, e sim no seu pioneirismo, na recomposição defensiva, na compactação, na transição rápida, nas infiltrações, na capacidade de alterar o esquema (falso 9), no toque de bola e triangulações, enfim a força está no CONJUNTO... tchau Fulano, Beltrano e tchau Sicrano, agradecemos o empenho, mas seguimos forte, pois aqui é CORINTHIANS!